Previdência deve levar 60 dias no Senado
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Após o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho
(MDB-PE), avaliar ser possível votar a reforma da Previdência na Casa até dia 5
de setembro, a presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado,
Simone Tebet (MDB-MS), disse nessa segunda-feira (15) que considera o prazo
“muito otimista”, e que prevê 60 dias para que os senadores analisem a proposta
de novas regras para a aposentadoria. Depois que for votado em segundo turno na
Câmara, o texto precisa passar pelo Senado Federal. “Com 60 dias é um tempo
confortável, agosto, setembro”, disse a senadora.
A tramitação da reforma na Casa começa pela CCJ, presidida
por Tebet, que também confirmou o nome do tucano Tasso Jereissati para ser o
relator do texto. Para a senadora, não há sentido que o Senado seja apenas um
“carimbador” da reforma. Tebet, que prevê que o proposta seja analisada na CCJ
no prazo de três semanas a um mês, entende que se a discussão for mais
aprofundada na comissão as novas regras passam mais facilmente no plenário.
“Quanto mais se debater na CCJ mais rápido se aprova em
plenário”, considerou a senadora em conversa com jornalistas. Diferente da
Câmara dos Deputados, o texto não precisa passar por uma comissão especial.
A presidente da CCJ no Senado também avaliou ser “mais
difícil” que a Casa promova alterações significativas no texto, capazes de
gerar um grande impacto na economia esperada pelo governo. “Hoje a composição
do Senado é um pouco mais governista”, disse. “Se forem alterações mínimas, é
possível cedermos a algumas pressões legítimas, entendendo a justeza da
demanda”, afirmou.
Fonte:
Exame