O tio suspeito de estuprar e engravidar a sobrinha de 10
anos foi preso na madrugada desta terça-feira (18), na cidade de Betim, Região
Metropolitana de Belo Horizonte. A confirmação da prisão do suspeito foi
divulgada pelo governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), por meio
de rede social. A polícia também
confirmou a prisão.
"Que sirva de lição para quem insiste em praticar um
crime brutal, cruel e inaceitável dessa natureza. Detalhes da operação serão
repassados pela equipe segurança ainda hoje", disse o governador do ES.
O suspeito será levado ao Complexo Penitenciária de Xuri,
em Vila Velha, na Grande Vitória. Indiciado por estupro de vulnerável e ameaça,
ele estava foragido desde a última semana.
A gravidez foi revelada no dia 7 de agosto, quando a menina
foi ao hospital em São Mateus se queixando de dores abdominais. A menina
relatou que começou a ser estuprada pelo próprio tio aos 6 anos e que não o
denunciou porque era ameaçada.
Gestação
interrompida
A criança passou por um procedimento e interrompeu a
gestação em Recife (PE) nesta segunda-feira (17). Ela estava na unidade desde
domingo (16), quando iniciou o processo. O procedimento foi concluído por volta
das 11h e a menina passa bem.
Grupos
protestaram em frente ao hospital
Durante o domingo, grupos religiosos fizeram atos, fazendo
uma espécie de barreira humana na frente do Cisam para tentar impedir a entrada
do médico responsável pelo procedimento na unidade de saúde. Ao chegar ao
local, o médico foi recebido aos gritos de "assassino".
"O que aconteceu do lado de fora, pelo o que a gente
viu nas redes sociais, realmente não foi uma situação nem um pouco confortável:
um grupo fazendo barulho e sem máscara na porta de um hospital, querendo
invadir a instituição. Mas, para nós, do Cisam, fica a sensação e o sentimento
de tarefa cumprida, cumprindo com o nosso dever, atendendo a uma ordem judicial
para salvar a vida de uma criança que vem sendo vítima, há quatro anos, de um
adulto agressor. Um sofrimento que resultou numa gestação", pontuou
Benita.
E acrescentou: "Nós trabalhamos no Sistema Único de
Saúde (SUS) e temos que atender a população independentemente de raça, cor,
idade ou classe social. O SUS é isso, ele é universal e atende pessoas de
qualquer lugar. Então, se no Estado em que ela [a menina] mora, houve objeção
em relação ao procedimento, aqui ela foi acolhida sem nenhuma dificuldade
nossa, a dificuldade foi externa. E a gente tem sempre essa certeza de missão
cumprida, porque nós acreditamos que as mulheres precisam e podem viver uma
vida saudável, sem violência e com liberdade."
Diário
do Nordeste
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