Legenda: Cantor travou uma dura batalha contra a
Covid e morreu aos 89 anos no Recife
O cantor Genival Lacerda morreu nesta quinta-feira (7),
aos 89 anos, após travar uma dura luta com a Covid-19. O paraibano estava
internado desde o dia 30 de novembro em um hospital do Recife por conta de uma
pneumonia causada pelo novo coronavírus.
A morte foi confirmado pelo filho do cantor, João Lacerda, por meio das
redes sociais.
Durante o internamento, família do cantor pediu por meio
das redes sociais que fãs, familiares e amigos doassem sangue para o tratamento
de Genival. Dias antes, o quadro de saúde dele havia piorado após uma queda na
pressão arterial e uma nova infecção no pulmão.
Desde que foi internado, o cantor apresentou melhoras e
pioras. No dia 9 de dezembro, o quadro de Genival foi definido como animador
após a evolução. “Segundo os médicos, o cantor continua em constante evolução,
com as taxas normais e sem febre”, anunciou a família pelas redes sociais.
Um dia depois, no entanto, a infecção respiratória piorou
e a pressão diminuiu. Já no dia 15 de dezembro, um boletim médico apontou que o
quadro clínico do artista teve piora e era considerado gravíssimo, com
comprometimento do pulmão.
Foi no dia do Natal que Genival apresentou melhora.
"Ele está traqueostomizado no 22º dia de ventilação mecânica. Mantém
pressão estável, sem necessidade de drogas vasoativas. Respondeu bem ao
tratamento antibiótico, superando no momento um quadro de infecção
respiratória", constava no boletim médico do dia 25 de dezembro.
Estado
de saúde
Em maio de 2020, o cantor sofreu um AVC (Acidente
Vascular Cerebral) e precisou ficar internado por três dias.
Com mais de 60 anos de carreira, Genival reúne entre os
sucessos as músicas: "Severina Xique Xique", "De quem é esse
jegue?" e "Radinho de Pilha".
Trajetória
do cantor
Natural de Campina Grande (PB), Genival Lacerda nasceu no
dia 5 de abril de 1931. Aos 25 anos, lançou seu primeiro disco, com a
interpretação de "Coco de 56" (parceria dele com João Vicente) e de
"Dance o xaxado", feita por ele e Manoel Avelino. O artista
atravessou o restante da segunda metade da década de 1950 e toda os anos de
1960 com uma série de lançamentos.
"Severina xique-xique", seu maior sucesso da
carreira, foi gravada pela primeira vez em 1975. A música fez parte do LP
"Aqui tem catimberê". Parceria dele com João Gonçalves, o hit
alavancou as vendas do disco, que teve 800 mil cópias vendidas.
Diário
do Nordeste
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