Imagem do Sars-CoV-2, o coronavírus, obtida por
microscópio eletrônico. - Foto:
Reprodução/UFMG
A Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu autorização para uso emergencial de um
coquetel contra a Covid-19, nesta terça-feira (19). A administração do
medicamento ocorre apenas em ambiente hospitalar.
Segundo a agência, a indicação
do medicamento é para quadros leves e moderados da doença, em adultos e
pacientes pediátricos (12 anos ou mais) com infeção por coronavírus confirmada
por laboratório, e que possuem alto risco de progredir para formas graves da
doença.
O medicamento contém a
combinação dois anticorpos monoclonais, casirivimabe e imdevimabe,
desenvolvidos pela farmacêutica Roche. A aplicação é intravenosa e deve ocorrer
apenas em hospitais, com indicação médica.
Anticorpos monoclonais são
proteínas feitas em laboratório que imitam a capacidade do sistema imunológico
de combater patógenos nocivos, como o coronavírus vírus.
O uso do medicamento não tem
capacidade de prevenir a doença.
Em comunicado, a Anvisa
ressaltou que o uso individual do casirivimabe e do imdevimabe não está
autorizado, pois estudos clínicos não demonstraram benefício em pacientes
internados com a doença, podendo até estar associados a desfechos clínicos
piores quando usado.
"O casirivimabe e o
imdevimabe devem ser administrados juntos por infusão intravenosa (IV). Os
possíveis efeitos colaterais incluem anafilaxia (reação alérgica aguda), febre,
calafrios, urticária, coceira e rubor", afirmou a Anvisa.
Em dezembro, a Anvisa aprovou
o uso do remédio Remdesivir contra a Covid-19. O medicamento é um antiviral
desenvolvido pela companhia biofarmacêutica Gilead Sciences.Foi o primeiro
medicamento a ser certificado pela Anvisa contra o coronavírus no País.
O remédio também é utilizado
apenas com indicação médica. Na semana passada, a Organização Mundial de Saúde
(OMS) afirmou que, até agora, não há evidências de que o Remdesivir seja
bem-sucedido para auxiliar no tratamento de pacientes hospitalizados por
Covid-19, conforme o estudo abrangente Solidarity.
Diário do Nordeste
Nenhum comentário
Postar um comentário