Foto: André Mota/Agência Petrobrás
A partir do dia 1º de
maio, os preços de venda de gás natural para as distribuidoras estarão 39% mais
caros em reais por metros cúbicos (R$/m³), na comparação com o último
trimestre. Medido em dólar por milhão de BTU, unidade de energia usada nos
Estados Unidos e no Reino Unido, (US$/MMBtu), o reajuste será de 32%.
De acordo com o anúncio
da Petrobras, a variação é resultado “da aplicação das fórmulas dos contratos
de fornecimento, que vinculam o preço à cotação do petróleo e à taxa de
câmbio”. Conforme a companhia, as atualizações dos preços dos contratos são
trimestrais e com relação aos meses de maio, junho e julho, a referência
adotada são os preços dos meses de janeiro, fevereiro e março.
“Durante esse período, o
petróleo teve alta de 38%, seguindo a tendência de alta das commodities
globais. Além disso, os preços domésticos das commodities tiveram alta devido à
desvalorização do real”, informou a petroleira em nota.
O repasse dos custos
incorridos pela companhia para o transporte do produto até o ponto de entrega
às distribuidoras também influencia os preços do gás natural da Petrobras.
Esses custos são definidos por tarifas reguladas pela Agência Nacional do
Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). “Esta parcela do preço é
atualizada anualmente no mês de maio pelo IGP-M, que, para o período de
aferição (março de 2020 a março de 2021), registrou alta de 31%”.
Por causa do efeito da
queda dos preços do petróleo no início do ano, durante 2020, os preços do gás
natural às distribuidoras alcançaram redução acumulada de até 35% em reais e de
48% em dólares.
A Petrobras informou
ainda que o preço final do gás natural ao consumidor não é determinado apenas
pelo preço de venda da companhia, mas também pelas margens das distribuidoras
e, no caso do GNV, dos postos de revenda, e pelos tributos federais e
estaduais.
“Além disso, o processo
de aprovação das tarifas é realizado pelas agências reguladoras estaduais,
conforme legislação e regulação específicas. Os contratos de venda para as
distribuidoras são públicos e estão disponíveis para consulta no site da ANP”,
concluiu a empresa.
Agência Brasil
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