Houve redução na previsão de recebimento de matéria-prima
da Coronavac, segundo o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas. A
declaração foi dada na manhã desta quinta-feira, 6, no que o diretor atribuiu o
problema à "falta de alinhamento" do governo federal. O insumo vem da
China, alvo de críticas de integrantes do governo Bolsonaro e principal
fornecedor de matéria-prima para produção tanto da CoronaVac quanto da vacina
de Oxford. As informações são do portal G1.
Segundo o Instituto, foram solicitados 6 mil litros do
Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) para produção de cerca de 10 milhões de doses.
Metade desse montante, entretanto, corresponde ao lote que deveria ter sido
enviado em abril. Ainda na coletiva de hoje, Dimas informou que nos próximos
dias chegarão apenas 2 mil litros do insumo.
As declarações do presidente, constantes críticas à
China, foram repudiadas pelo governador João Dória. "Isso causa profundo
mal-estar na chancelaria chinesa e quero registrar como governador de São Paulo
meu protesto com essas manifestações agressivas e desnecessárias ao governo da
China, à produção das vacinas e a colocações que não contribuem à normalidade da
entrega de IFA para vacinas. Tenho certeza que isso tem influência nos insumos
da AstraZeneca", disse.
Dimas reforçou que ainda há a possibilidade de faltarem
insumos para produção da CoronaVac no País. "E aí nós temos que debitar
isso principalmente ao nosso governo federal que tem remado contra. Essa é a
grande conclusão".
No Ceará, 45 municípios estão com a segunda dose da
vacina CoronaVac em falta. A informação foi divulgada pela Secretaria da Saúde
do Ceará (Sesa) nesta quinta-feira, 6. Fortaleza, Sobral, Quixadá, Horizonte,
Canindé e Crato estão na lista.
Na Capital, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS)
divulgou na última semana que mais de 38 mil pessoas estavam com a segunda dose
da CoronaVac em atraso. No domingo, Fortaleza recebeu mais de 4 mil doses e
está aplicando a remessa seguindo critérios de prioridade: maior intervalo de
tempo desde a primeira dose e maior idade.
Críticas
de Bolsonaro à vacina chinesa
Bolsonaro (sem partido) já reafirmou que não compraria a
CoronaVac, imunizante contra a Covid-19 produzido pela empresa chinesa Sinovac
Biotech. Ele também afirmou que não seria obrigado a fazer uso do imunizante.
Fonte:
O Povo
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