O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou que o
Brasil começará a aplicar a terceira dose da vacina contra a Covid-19 em
idosos, entre 70 e 80 anos, e em imunossuprimidos a partir do dia 15 de
setembro. O imunizante de reforço será o da Pfizer, conforme informações do
jornal Folha de S. Paulo.
Pessoas que possuem o sistema imunológico enfraquecido —
como portadoras do HIV, indivíduos transplantados, pacientes oncológicos que
realizaram tratamento quimioterápico ou radioterápico nos últimos seis meses —,
e já receberam a segunda dose da vacina há 21 dias, poderão tomar o reforço a
partir do mês que vem.
Os cidadãos entre 70 e 80 anos, que concluíram as duas
espatas de imunização há mais de seis meses, também recebem a terceira dose em
setembro.
"Nos reunimos ontem com a Opas [Organização
Pan-Americana de Saúde] e com o comitê técnico que assessora a imunização e
tomamos a decisão", disse o ministro à Folha de S. Paulo.
Segundo o gestor, o dia 15 de setembro foi escolhido,
pois, até a data, toda a população acima de 18 anos do Brasil já deve ter sido
vacina com pelo menos uma dose do fármaco contra a doença.
Queiroga ainda revelou ao jornal que, na mesma data,
começa a redução do intervalo de aplicação da primeira e segunda dose dos
imunizantes da Pfizer e da AstraZeneca, que passa de 12 para oito semanas, como
já acontece em países como o Reino Unido.
O ministro explicou que as medidas têm o objetivo de
prevenir o agravamento da pandemia no Brasil, que pode ser provocado pela
variante Delta.
Estudos apontam que a cepa, encontrada primeiro na Índia,
é mais transmissível que a versão original e que apenas uma dose das vacinas
não consegue evitar as infecções causadas pela mutação. No entanto, a partir da
segunda dose a eficácia contra ela aumenta.
Ainda conforme o jornal, a decisão sobre aplicação de
dose de reforço na totalidade da população só será tomada depois da conclusão
de um estudo que o Ministério da Saúde está fazendo em parceria com
universidades.
Fonte:
Diário do Nordeste
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