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Queiroga relativiza marca de 600 mil mortes por Covid no Brasil: 'Só doença de coração são mais de 380 mil [óbitos] todos os anos'

Foto: Reprodução

O ministro Marcelo Queiroga (Saúde) relativizou as 600 mil mortes por Covid-19 no Brasil, marca atingida na tarde desta sexta-feira (8).

Ao responder a uma pergunta de uma jornalista sobre o que faltou para o Brasil evitar tantas vidas perdidas, Queiroga citou dados de mortes em doenças por coração e câncer, e afirmou que a Covid matou em "todos os locais do mundo" --o Brasil é o segundo país com mais mortes em números absolutos, atrás apenas dos Estados Unidos.

"Em primeiro lugar, só de doença do coração são 380 mil [mortes] todos os anos. Se contar no mesmo período [março de 2020, quando houve a primeira morte por Covid no país], nós teríamos também cifras alarmantes. Câncer também tem elevada incidência de óbitos". E a Covid-19 é uma emergência sanitária internacional que levou a óbitos em todos os locais do mundo", disse o ministro.

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia, houve 310,5 mil mortes por problemas no coração em 2021. Quanto ao câncer, a morreram 232 mil pessoas em 2019, último dado disponível, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), do Ministério da Saúde.

O ministro também dividiu responsabilidade com estados e municípios, que integram o Sistema Único de Saúde (SUS). "É uma tarefa de todos nós. Estamos trabalhando para ter cada dia melhores resultados, não só com Covid, mas com os outros problemas". Ele afirmou ainda que houve um aprendizado dos médicos para lidar com a doença ao longo do tempo e que o "conhecimento foi avançando".

Vacinação

Na mesma entrevista coletiva, o Ministério da Saúde afirmou ainda que seu planejamento para 2022 prevê o investimento de R$ 11 bilhões para a campanha de vacinação contra a Covid-19.

Pela primeira vez, os gestores da pasta explicaram alguns dos detalhes já conhecidos da próxima rodada de vacinação. De acordo com o governo, após reunião e debates com especialistas, já está previsto para o próximo ano:

        Uma dose para pessoas de 18 a 60 anos;

        Duas doses para pessoas com mais de 60 anos e imunossuprimidos;

        Vacinação por faixa etária decrescente, e não por grupo de risco;

        Vacinação seis meses após a imunização completa em 2021 ou dose de reforço;

        Duas doses para novos públicos, se houver ampliação (crianças e adolescentes);

        Vacinação heteróloga: cada vacinado recebe imunizante diferente do aplicado no ano anterior;

        Ao todo, devem ser necessárias 340 milhões de doses;

        Utilização apenas de vacinas com registro definitivo pela Anvisa, o que exclui atualmente a CoronaVac.

Fonte: G1

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