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A senadora e ex-candidata a presidente Simone Tebet (MBD) anunciou apoio à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições. A emedebista alcançou o terceiro lugar na corrida eleitoral com 4,16% dos votos.

O anúncio foi feito durante pronunciamento em São Paulo. "Há um Brasil a ser, imediatamente, reconstruído. Há um povo a ser, novamente, reunido. Reunido na diversidade, antes (e sempre) a nossa maior riqueza, agora esmigalhada por todos os tipos de discriminação. Neste ponto, um desabafo: de que vale irmos às nossas igrejas, proclamar a nossa fé, se não somos capazes de pregar o evangelho e respeitar o nosso próximo nos nossos lares, no nosso trabalho, nas ruas de nossa pátria?".

Segundo ela, nos últimos quatro anos, "o Brasil foi abandonado na fogueira do ódio e das desavenças. A negação atrasou a vacina. A arma ocupou o lugar do livro. A iniquidade fez curvar a esperança. A mentira feriu a verdade. O ouvido conciliador deu lugar à voz esbravejada. O conceito de humanidade foi substituído pelo de desamor. O Brasil voltou ao mapa da fome. O orçamento, antes público, necessário para servir ao povo, tornou-se secreto e privado".

"Por tudo isso, ainda que mantenha as críticas que fiz ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva, em especial nos últimos dias de campanha, quando cometeu o erro de chamar para si o voto útil, o que é legítimo, mas sem apresentar suas propostas para os reais problemas do Brasil, depositarei nele o meu voto, porque reconheço seu compromisso com a Democracia e a Constituição, o que desconheço no atual presidente", completou.

Mais cedo, Tebet se encontrou com o vice na chapa do petista, Geraldo Alckmin (PSDB), além de ter almoçado com Lula na casa da ex-senadora Marta Suplicy (sem partido).

Hoje a legenda de Simone deu sinal verde para os integrantes apoiarem quem quiserem nessa reta final das eleições. A seguir, a nota oficial divulgada pela sigla:

“Por ampla maioria, o MDB decidiu dar liberdade para que cada um se manifeste conforme sua consciência”. Ainda no texto, a sigla reforça que “cobrará do vencedor o respeito ao voto popular, ao processo eleitoral como um todo e, sobretudo, a defesa intransigente da Constituição de 1988 e do Estado Democrático de Direito”.

Fonte: O Povo