O relatório de fiscalização do sistema eletrônico de votação elaborado por
técnicos das Forças Armadas não encontrou irregularidades. O documento foi
enviado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e divulgado nesta quarta-feira
(9).
"Em face das ferramentas e oportunidades de fiscalização definidas nas
Resoluções do TSE e estruturadas no Plano de Trabalho do EFASEV, a fiscalização
constatou que o Teste de Integridade, sem biometria, ocorreu em conformidade
com o previsto", aponta a conclusão do relatório.
O parecer foi assinado por comandantes do Exército, Força Aérea e Marinha. A
equipe técnica das Forças Armadas acompanhou a instalação, os testes
periféricos e o envio das informações pelas urnas eletrônicas, bem como outras
etapas da eleição.
O TSE ressaltou que, assim como os relatórios das demais entidades
fiscalizadoras, o documento das forças "não apontou a existência de
nenhuma fraude ou inconsistência nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral
deste ano".
Os militares fazem parte da comissão de transparência criada pelo próprio TSE
para fiscalizar as eleições.
TESTE DAS URNAS
O teste de integridade abrangeu urnas o território
nacional, em todas as capitais e diversas regiões do interior. Durante a
execução, as urnas não apresentaram anomalias.
A fiscalização apontou que, no primeiro e segundo turno, a média de urnas com
inconsistências é de 0%, com margem de erro até 4,78 pontos percentuais.
A análise se deu em seções eleitorais sorteadas aleatoriamente, em municípios
onde existe uma Organização Militar das Forças Armadas. No primeiro turno,
foram 442; no segundo, 501 seções.
"Cumpre destacar que o trabalho da EFASEV se restringiu à fiscalização do
SEV, não compreendendo outras atividades, como, por exemplo, a manifestação
acerca de eventuais indícios de crimes eleitorais", diz.
CONSIDERAÇÕES
O relatório apresenta algumas sugestões para a Justiça Eleitoral. Há
recomendação de realizar uma investigação técnica e promover análise minuciosa
dos códigos binários das urnas.
A comissão também sugere a criação de uma comissão específica de técnicos
renomados da sociedade e por técnicos das entidades fiscalizadoras.
"O relatório apresenta observações, conclusões e sugestões relacionadas,
especificamente, ao sistema eletrônico de votação, conforme as atribuições
definidas pelo Tribunal às entidades fiscalizadoras", diz nota do
Ministério da Defesa.
Fonte:
Diário do Nordeste
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