A Transnordestina vem passando por uma reformulação do
contrato de concessão, mas o presidente da companhia gestora, Humberto Mota
afirmou que ferrovia deverá iniciar as operações até 2027. A projeção foi feita
durante a 17ª edição da Expolog (Seminário Logística no Agronegócio - Seminário
Internacional de Logística).
De acordo com Humberto, as obras da Transnordestina
seguem sendo realizadas desde 2019, quando foram retomadas. Em 2022, foram
construídos mais de 200 quilômetros das "superestruturas".
"O ano de 2022 foi muito importante para a gente
avançar com as obras da Transnordestina, retomamos em 2019, e esse ano fizemos
mais de 200 quilômetros em superestrutura e isso é muito importante. Temos aí
todo um redesenho do contrato de concessão que está sendo feito e isso vai nos
ajudar bastante nos próximos anos", disse.
Durante o período de operações, a Transnordestina deverá
gerar mais de 90 mil empregos diretos e indiretos, adicionando, também, R$ 10
bilhões por ano ao Produto Interno Bruto (PIB) na região de influência a partir
do primeiro ano de operações.
Ainda segundo as previsões do presidente da
Transnordestina, a ferrovia deverá ultrapassar o patamar de 30 milhões de
contêineres transportados até 2030, gerando um volume de negócios igual a R$ 4
bilhões por ano.
ANDAMENTO
DAS OBRAS
Em entrevista exclusiva à coluna, Humberto Mota também
descartou, até o momento, qualquer antecipação do início das operações. Ele
explicou que o cenário de renegociação do contrato de concessão e de
reorganização da economia após a crise da pandemia, além dos reflexos da guerra
entre Rússia e Ucrânia, devem estabilizar os planos.
Ainda assim, para o presidente da Transnordestina, os
prognósticos para os negócios são muito promissores. "As previsões são
essas que falamos, com a obra concluída até 2027, entrando em operação. As
perspectivas são positivas.
INTEGRAÇÃO
Sobre a integração da Transnordestina a outras rodovias,
focando em agilizar o escoamento de produtos do agronegócio através dos portos
no Nordeste – como o Complexo do Pecém –, Humberto Mota afirmou que não é uma
prioridade no momento.
Empresários e representantes do setor de logística têm
comentado nos últimos anos que a conclusão da Transnordetina tem um potencial
muito grande de elevar os números de exportação a partir do Porto do Pecém. O
cenário se baseia em uma conexão com rodovias da região Norte e Centro-Oeste,
ambas com grande foco no agronegócio.
Além disso, as perspectivas é de que o Pecém deverá
receber mais produtos oriundos da região do "MATOPIBA", que
compreende os estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.
"O nosso foco é colocar a rodovia em operação. Os
outros pontos são desdobramentos que acontecerão de maneira natural",
explicou.
Fonte:
Diário do Nordeste