Mais de 321 suspeitos foram presos no Ceará durante a Operação Átria, a maior
já realizada no combate a crimes de violência contra a mulher, em razão de
gênero, no país. A Operação foi realizada pela Secretaria da Segurança Pública
e Defesa Social do Ceará (SSPDS/CE), por meio da Polícia Civil do Estado do
Ceará (PC-CE).
A operação começou no dia 27 de fevereiro deste ano e até o seu encerramento,
que ocorreu nesta última terça-feira (28), foram mais de 2.512 denúncias
apuradas e cerca de 6.765 diligências policiais realizadas. Foram 235 autos de
prisão em flagrante lavrados, 86 mandados judiciais de prisão cumpridos,
totalizando 321 suspeitos presos; oito mandados de busca e apreensão cumpridos,
16 armas de fogo apreendidas, 1.070 medidas protetivas de urgências
solicitadas, 33 retiradas de pertences das vítimas realizadas, 2.677 vítimas
atendidas, 13 vítimas resgatadas, 752 inquéritos policiais instaurados e 729
concluídos.
As ações foram realizadas pelas Polícias Civis dos 26 estados e do Distrito Federal
sob coordenação da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) do
Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). No Ceará, a operação foi
realizada pela Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE) e contou com o apoio da
Militar do Ceará (PMCE).
“A Átria é uma operação de extrema importância no enfrentamento da violência de
gênero contra a mulher, e as ações realizadas têm caráter permanente e
continuado”, destacou a diretora do Departamento de Proteção aos Grupos
Vulneráveis (DPGV) da PC-CE, Janaína Braga.
“Foram 30 dias intensos, dando prioridade as ocorrências policiais/ atendimento
de vítimas de violência doméstica e familiar, notadamente nas Delegacias de
Defesa da Mulher, no total de dez, com o escopo de acolher e incentivar a
denúncia e a pedir ajuda”, relata a diretora adjunta do DPGV da PC-CE, Rebeca
Cruz.
Para o secretário nacional de segurança pública do MJSP, Tadeu Alencar, os
indicadores da operação deixam evidente que nas políticas públicas de segurança
do país, deve haver uma centralização no eixo de enfrentamento a violência
contra a mulher e o trabalho das equipes envolvidas é fundamental para reforçar
o sucesso da operação.
Ao todo, no Ceará, mais de 313 policiais civis e militares atuaram de forma
conjunta, na busca de suspeitos de feminicídio, ameaça, lesão corporal,
estupro, importunação, perseguição (stalking), descumprimento de medidas
protetivas, entre outros crimes, no Ceará.
Na Átria, também foram promovidas ações educativas que visam a prevenção à
violência de gênero, dentre elas, 135 palestras, aulas, rodas de conversas e
panfletagens em jogo de futebol foram realizadas pelas polícias levando
informações acerca dos tipos de violência doméstica e familiar, orientando as
mulheres a buscarem ajuda.
Canais de denúncia
As denúncias de violência contra a mulher podem ser feitas pelo número 180, que
atende em todo o território nacional, 24 horas por dia. As informações também
podem ser repassadas pelo aplicativo Direitos Humanos Brasil e na página da
Ouvidoria Nacional de Diretos Humanos, do Ministério dos Direitos Humanos e
Cidadania (MDHC), responsável pelo serviço. No site, está disponível o
atendimento por chat e com libras.
As denúncias também podem ser feitas para o número 181, o Disque-Denúncia da
Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), ou para o (85)
3101-0181, que é o número de WhatsApp, por onde podem ser feitas denúncias via
mensagem, áudio, vídeo e fotografia.
Com
informações da SSPDS
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