Um grupo de moradores do sítio Calumbi, na zona rural de Aurora, estão fazendo um manifesto contra o descarte de resíduos sólidos naquela localidade. Segundo um manifestante, as casas daquela região estão sendo tomadas por moscas-varejeiras.

Ainda segundo os moradores, no local que funciona o lixão do município e também ocorre o descarte irregular de lixo hospitalar. Conforme o Código Penal Brasileiro, o descarte irregular de lixo hospitalar pode ser tipificado como crime, com pena de reclusão de dois a quatro anos e multa.

"Os moradores do sitio calumbi estão fazendo manifestações contra o lixão que está situado na comunidade. Pedem o fim do lixão. Foram encontrados material hospitalares, como seringas, luvas, curativos com sangue, aventais. Prefeitura pediu o prazo de 30 dias pra resolverem esse problema", disse uma moradora da localidade.

De acordo com a agência Fapesp, as moscas-varejeiras carregam alta porcentagem de bactérias. Entre as bactérias que se encontram nos corpos destes insetos estam a Yersinia pestis, causadora da peste bubônica, a Helicobacter pylori, associada ao surgimento de gastrite, úlcera e câncer de estômago, e diversas espécies que podem provocar gastroenterite, pneumonia e infecções urinárias.

O Secretário Municipal de Agricultura, Desenvolvimento Econômico, Recursos Hídricos e Meio Ambiente, José Dácio de Souza, esteve nesta manhã na localidade para conversar com os moradores em buscas de resolver o problema que perdura há mais de 12 anos.

A empresa Urban Limp Serviços de Limpeza e Conservação,  vencedora da licitação, que recebeu em 2020 o montante de R$ 105.669,16, conforme o Portal da Transparência, a qual é responsável pelo transporte e incineração dos resíduos de serviços da saúde não se manifestou até o fechamento desta matéria.