Antes da confirmação da morte do criminoso, o governador
de Goiás, Ronaldo Caiado, havia anunciado, pelas redes sociais, a prisão.
"Ta aí, minha gente, como eu disse, era questão de tempo até que a nossa
polícia, a mais preparada do país, capturasse o assassino Lázaro Barbosa.
Parabéns para as nossas forças de segurança. Vocês são motivo de muito orgulho
para a nossa gente! Goiás não é Disneylândia de bandido", escreveu o governador
na legenda da publicação.
Antes da confirmação da morte, Lázaro foi levado para um
hospital da região de Águas Lindas (GO).
Buscas
duraram 20 dias
As buscas por Lázaro tiveram início em 9 de junho, quando
a polícia começou a investigar um triplo homicídio no Incra 9, em Ceilândia .
Pai e dos dois filhos foram e encontrados mortos e a mãe da família não estava
no local . O incidente Cláudio Vidal de Oliveira, 48 anos, e os filhos dele,
Gustavo Marques Vidal, 21, e Carlos Eduardo Marques Vidal, 15, eram as vítimas.
Cleonice estava desaparecida.
No fim da tarde, a Polícia Civil do DF divulgou a foto de
Lázaro Barbosa de Souza e o confirmou como suspeito de cometer os crimes em
Ceilândia Norte. A descoberta foi feita a partir de impressões digitais
encontradas na chácara. Com a identidade, a ficha de Lázaro foi levantada, com
um histórico recente de agressões.
Em 26 de abril, Lázaro cometeu estupro e roubo contra uma
mulher que abordou na rua. O caso é investigado pela Delegacia Especializada de
Atendimento à Mulher (Deam). Já em 17 de maio, ele invadiu outra chácara,
próxima à da família assassinada. Nela, amarrou as vítimas e as ameaçou com
revólver e faca, obrigou todos a ficarem nus e as moças da família a cozinharem
para ele.
Novas
invasões, confissão e incêndios
As buscas por Cleonice já completavam 24 horas quando a
PCDF descobriu outra invasão em uma chácara próximo ao local onde a empresária
foi sequestrada. Lázaro foi reconhecido pela nova vítima. Durante três horas da
tarde de 10 de junho, ela e o caseiro foram mantidos reféns.
De acordo com relatos das vítimas, Lázaro encontrou o
caseiro primeiro e disse que não ia fazer nada, contanto que ninguém reagisse.
Em seguida, colocou uma máscara de criança e mandou chamar quem estava dentro
de casa. Para a dona da chácara, o criminoso confessou ter matado a família
Vidal, mas disse que não estava só.
Na madrugada de sexta-feira (11/6), as buscas por Lázaro
e por Cleonice ultrapassaram a fronteira do Distrito Federal. O suspeito
invadiu uma chácara em Ceilândia por volta das 20h, fez o caseiro refém e
roubou um veículo, um Palio branco, que usou para se dirigir até Cocalzinho de
Goiás (GO), às 3h30. Lá, na BR-070, incendiou o carro.
Ainda na cidade, Lázaro invadiu outra chácara, fez um
caseiro refém e o obrigou a cozinhar no sábado (12/6). Depois, invadiu outra
residência e baleou três homens, que ficaram em estado grave. No fim da noite,
ateou fogo em outra chácara. Foi neste mesmo dia, à tarde, que Cleonice foi
encontrada, sem vida, por familiares e vizinhos em um córrego próximo ao local
em que morava.
No domingo (13/6), o suspeito roubou um carro, crime
denunciado pelo dono aos mais de 200 policiais mobilizados na cidade de
Cocalzinho. O veículo foi encontrado às margens da BR-070, próximo a Edilândia
(GO), local em que as buscas foram intensificadas.
Outra família foi feita refém pelo criminoso na
terça-feira (15/6). Por mensagem, uma adolescente moradora da chácara pediu
ajuda à polícia: "Socorro. O assassino Lázaro está aqui em casa" . Na
quarta-feira (16/6), a polícia divulgou vídeo do momento em que as vítimas são
soltas . As imagens mostram a troca de tiros que deixa um policial ferido de
raspão na cabeça.
Correio Braziliense
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