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Jean Júnior de Araújo Ferreira, de 28 anos, acusado de participação direta num assassinato com requintes de perversidade em Aurora, na região do Cariri, que teve como vítima o professor da rede municipal de ensino, Paulo Gonçalves de Aquino, de 33 anos, foi condenado a 23 anos e 1 mês de reclusão em regime fechado por homicídio qualificado por motivo fútil, além do crime de ocultação de cadáver. A decisão do juiz substituto titular da Vara Única da Comarca de Aurora, Fabricius Ferreira da Silva, foi proferida na noite desta terça-feira (13), após um dia inteiro de debates entre teses de defesa e acusação.

Nesta manhã, familiares e amigos se reuniram em frente ao Fórum Desembargador Jaime de Alencar Araripe para pedir justiça por Paulo Aquino, depois de uma década desse crime bárbaro que chocou a sociedade aurorense.

Sessão adiada

A Sessão Plenária de Juri de Julgamento havia sido adiada no último dia 20 de setembro de 2022. A Sessão era presidida pelo juiz substituto titular da Vara Única da Comarca de Aurora, Fabricius Ferreira da Silva. O magistrado indeferiu parte do requerimento da defesa, concedendo a outra parte quanto a necessidade de comparecimento do acusado, ocasionando o adiamento.

Prisão no estado do Pará

Após ter iniciado as diligências desde 18 de outubro de 2022, a equipe da delegacia de Polícia Civil de Brasil Novo/PA cumpriu o mandado de prisão preventiva foi expedido em desfavor de Jean Júnior.

O acusado estava respondendo ao crime em liberdade, informando durante toda a instrução processual que residia na cidade de Aurora do Pará.

Estranhou-se e entrou em campo o trabalho da Polícia Civil, por requerimento da Promotoria de Justiça da Comarca de Aurora, tendo a frente o promotor Dr. Luiz Cogan; foi acionada a Delegacia Municipal de Aurora, tendo a frente o delegado Paulo Hernesto Pereira Tavares, que passou a manter contato e trocar informações com a Delegacia de Polícia Civil de Aurora do Pará, tendo à frente o delegado Leonam Kzan Pontes, que fez o trabalho de inteligência policial e descobriu que Jean Júnior na verdade não estava mais em Aurora do Pará e havia fugido, com a véspera do seu julgamento popular para alguma outra cidade daquele ou de outro estado.

A promotoria de justiça de Aurora, sabendo que Jean Júnior havia se evadido, sem saber qual o atual paradeiro do acusado, e que mesmo que viesse a ser condenado no Tribunal do Júri, não fosse preso para cumprir a pena, representou pela prisão preventiva do infrator, tempestivamente, esta deferida pelo Poder Judiciário da cidade cearense, dando início a toda uma caçada policial.

Foi feito um trabalho de muita inteligência policial e identificado que o mesmo provavelmente estivesse na cidade de Brasil Novo, também no Pará, mas ainda sem tanta certeza.

Desta vez, foi acionado a delegacia de Polícia Civil de Brasil Novo, tendo à frente o delegado Henrique Inácio, que iniciou um trabalho a procura do alvo; entrou em campo a ajuda fundamental da Coordenadoria de Inteligência da Secretaria da Segurança Pública do Ceará – COIN, colaborado com os serviços de inteligência, auxiliando especializada paraense, que continuou as diligências, e deu cumprimento a prisão.

O caso

Os fatos ocorreram em Aurora, entre a noite do dia 11 e a manhã do dia 12 de outubro do ano de 2012, onde Jean Júnior e Francisco Adenilton Gomes do Nascimento, o “Denin”, (esse segundo já condenado e devidamente preso na cadeia pública de Juazeiro do Norte), colocou fim, de maneira cruel e vil, sem oportunidade de defesa a vida do Professor Paulo Aquino, com disparos de arma de fogo, após ateando fogo e carbonizando por completo o seu corpo.

“Denin” também esteve por muito tempo foragido, mas da mesma forma de Jean Júnior, foi preso e submetido a julgamento perante o Tribunal do Júri Popular, em 29/10/2019. Na ocasião do seu julgamento, o mesmo fora condenado pelo Conselho de Sentença à pena de 22 (vinte e dois) anos e 09 (nove) meses de reclusão, em regime inicial de cumprimento de pena fechado.

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